3 curtas favoritos

Desde o dia que eu assisti aquele curta super famoso feito pela Disney, Paperman, eu tenho buscado vários outros pra assistir. O bom dos curtas é a facilidade de se encontrar na internet, isso porque a maioria dos criadores disponibiliza suas criações ou no YouTube ou no Vimeo. Ou seja, a gente assiste uma coisa bacana, de forma legal e ainda contribui com o trabalho do diretor. Tem como melhorar?

O que eu mais gosto nos curtas é o comparativo que faço com o cinema: é como se os filmes fossem livros e os curtas fossem contos. O curta - igual o conto - tem ser capaz de chamar atenção do espectador em pouco tempo e ele tem que ter quase as mesmas fases que um filme tem: início, desenvolvimento, clímax, resolução (ou não) e fim. Então, eu acredito mesmo que vocês tem que assistir esses curtas (e essa não é lista só pra que eu mesma me lembre, estou recomendando mesmo).

CARGO

Encalhado no meio de um apocalipse zumbi, um homem põe em ação um improvável plano para proteger sua preciosa filha.

Eu não gosto de zumbis. Todo mundo que me conhece sabe. Assistir esse curta foi uma novidade até pra mim. Um humano que sabendo que vai em breve virar zumbi decide salvar a filha ainda bebê é uma sinopse impossível de não chamar atenção. E o conteúdo em apenas sete minutos também não deixou por menos. As atuações são incríveis e o cenário é perfeito. É de pôr qualquer grande produção no chinelo. Em 2013, o curta foi finalista do Tropfest Australia, o festival de curtas-metragens mais importante do mundo. E ele é o primeiro dessa minha lista não por acaso: é o melhor curta que eu já vi na vida.

Inside

Daniel é interrogado em uma clínica psiquiátrica. O que há por trás da mente humana? Quais os segredos da mente humana? O que acontece quando se provoca uma pessoa que não consegue se manter no controle?

Primeiro ponto: esse curta é de 2002. O curta retrata o cotidiano de uma pessoa portadora do Distúrbio de Múltiplas Personalidades. Com personagens bem marcantes, passagens de luz e um único cenário, é impossível chegar a cena final e não fica pensativa por um longo tempo depois.

O Farol

Cheio de sutilezas e simbolismos, o filme trata delicadamente da relação entre pai e filho, do crescimento, de amor e respeito. Mostra, em pouco mais de 7 minutos, o crescimento, o aprendizado, a partida, o retorno e o envelhecimento. E o fim, que é também começo.

Eu assisti esse curta há três anos pela primeira vez. Quando pensei nesse post, fui assistir de novo só pra relembrar. E chorei de novo. No meu perfil lá no Filmow, eu deixei um comentário dizendo que tinha sido a animação mais linda que eu já tinha visto. E não mudei de opinião. Fiquei tão feliz de ver esse curta de novo que chamei o pessoal de casa pra parar o que estavam fazendo só para ver. Não tem como não se encantar.


Eu venho sempre assistindo vários curtas. Já que nos livros, filmes e séries eu fico bem desapontada com a quantidade que consumo, ao menos nos curtas-metragens eu assisto muitos de uma só vez e descubro sempre títulos bem interessantes e curiosidades aleatórias como ficar sabendo que aquele filme de terror "Quando as luzes se apagam" - que foi bastante criticado, inclusive - foi produzido porque um curta intitulado "Lights Out" foi vencedor de uma competição - o curta é muito bom, falando nisso. Talvez eu traga um outro post assim. No mais, sintam-se à vontade para me fazer indicações. Estou a postos pra ver todos.