Eric Northman: o personagem que você mais odeia amar
Eu escrevi a resenha do primeiro livro da série pouco antes de terminar o segundo, e escrevo essa passando da metade do terceiro. É engraçado que não me lembro de começar a ler uma série tão assiduamente desde Rangers — A ordem dos Arqueiros, que não por acaso, ficou empacado no sexto livro de uma coleção de doze. Eu, que comecei a ler por um impulso psicótico por saber a fundo sobre a vida de Sookie Stackhouse, acabei me apaixonando pelas duas vertentes que contam sua vida — tanto a escrita, quanto à televisiva — e acho que só paro agora no 13º livro, que falando nisso, nem tem tradução prevista ainda.
Em Vampiros em Dallas, a ação corre bem mais solta que no primeiro livro da série. Após Eric Northmann descobrir seu dom telepático, Sookie precisa fazer alguns favores para o dono do Fangtasia, o que inclui ir à Dallas com Bill para ler a mente de alguns humanos e ver se consegue descobrir o paradeiro de um vampiro de mil anos que está desaparecido. Esse segundo livro já tem diversas disparidades em relação à adaptação, mas eu fiquei muito contente da Irmandade do Sol não ser só coisa da cabeça de Alan Ball. Pra quem não conhece a trama de True Blood, a Irmandade é uma igreja evangélica que prega o ódio aos vampiros e promove eventos e "cursos" em que é ensinado aos fiéis as maneiras mais eficazes de se matar um vampiro. Parece sádico para uma instituição religiosa — e é —, mas as descrições do lugar e a forte personalidade do casal Newlin é intrigante. Chega a dar agonia de tão fanáticos que eles são.
Sam Merlotte: o cara que dá nome ao bar em que Sookie trabalha não é meu ideal para a garçonete, mas é um lindo mesmo assim.
Acredito que por Sookie sair do seu mundinho habitual, e como diria Joseph Campbell ser "chamada à aventura", o livro toma um rumo totalmente diferente do primeiro. Dallas é mais agitada, mais perigosa e muito mais envolvente do que Bon Temps, que mais parece uma grande área rural. Nesse livro Sookie está bem mais preparada física e psicologicamente para a vida noturna ao lado dos vampiros. E eu conheci uma parte dela que não vi com muita nitidez na série: apesar de amar Bill — e sabermos que ela perdeu a virgindade com ele —, vemos que ela tem sim uma quedinha por Sam, uma quedinha por Eric, uma quedinha por JB Du Rone, e... Ufa! Nem eu imaginava que a garçonete tinha tempo pra fantasiar tanta coisa — e na verdade isso até me irritou um pouco, porque até chega a se insinuar que ela é promíscua, o que não é.
— Portia não é tão durona como todo mundo imagina — Terry me disse. — Já você é um docinho por fora e um pitbull por dentro.
— Não sei se fico lisonjeada ou se meto um soco no seu nariz.
Desse livro, deixando de lado Sookie, claro, meus personagens preferidos são Eric e Farrell — que eu prefiro chamar como seu nome mais antigo, Godoric. Eric continua tão sarcástico quanto no primeiro e em Godoric vemos a decadência e sofrimento de ter uma vida eterna. Vemos em Godoric a aflição de tantas mortes, tantas tragédias e desastres e sentimos nele, na sua angústia mais profunda, o pouco que resta da sua natureza humana.
Da diferença entre série e livros, eu senti falta da bacante Maryann na coleção literária. Na série ela provoca um auê na cidade, envolve Sam nos seus planos e faz uma reviravolta em boa parte dos personagens secundários — já que a Sookie só a enfrenta bem perto do fim da segunda temporada. A bacante até existe nos livros, mas com uma participação bem — mas bem — menos enfática. Maryann é adoradora de Baco, deus do vinho, e ela se deleita nos rituais em que promove bebedeiras, orgias e atos violentos entre os habitantes da pacata cidade: cenas essas que não se passam nem parecidas nos livros.
Godric na série, Godoric/Farrell nos livros: o personagem que você ama depois de duas ou três falas.
Da diferença entre série e livros, eu senti falta da bacante Maryann na coleção literária. Na série ela provoca um auê na cidade, envolve Sam nos seus planos e faz uma reviravolta em boa parte dos personagens secundários — já que a Sookie só a enfrenta bem perto do fim da segunda temporada. A bacante até existe nos livros, mas com uma participação bem — mas bem — menos enfática. Maryann é adoradora de Baco, deus do vinho, e ela se deleita nos rituais em que promove bebedeiras, orgias e atos violentos entre os habitantes da pacata cidade: cenas essas que não se passam nem parecidas nos livros.
— Coloque aquela calça jeans justa que amarra ao lado — sugeriu leve.
Ela não era exatamente jeans, mas de um tecido colante. Bill adora quando coloco essa calça, que tem cintura bem baixa. Mais de uma vez cheguei a desconfiar que Bill está tendo fantasias com Britney Spears.
O que eu gosto da escrita da Charlaine, é que apesar de bem leve e descomplicada — às vezes, até demais — é que ela encontra uma maneira de deixar um buraco destapado, uma história mal contada, e é isso que dá aquele gostinho de quero mais, sabe? Nesse livro, Pam também ganhou de vez meu coração. Ela, super hospitaleira e gentil com Sookie — só que não —, mostra que até se importa com o interesse que Eric tem pela garçonete, mas ela continua achando que humano não passa de alimento. Vai entender, né?
Jessica Hamby: de adolescente devota à religião à uma vampira meio perdida na nova vida. A baby vamp que você mais respeita.
— Sim, teria sido uma pena perdê-la antes mesmo que tivéssemos uma chance de tirar proveito de você — disse ela, com uma praticidade assustadora. — A mênade poderia ter escolhido várias outros humanos associados a nós. Todos eles muito mais descartáveis.O terceiro livro vem com algumas boas reviravoltas, uma outra cidade, novos personagens que vão ser importantes em vários outros momentos e a Sookie acaba passando mais tempo com seus amigos sobrenaturais do que com os próprios humanos. Mas ela nem reclama tanto assim por isso. Só que isso é assunto pra outra resenha...
— Obrigada pela acolhida calorosa, Pam — murmurei.
Ficha Técnica
Sookie após um acordo com os vampiros, é obrigada a realizar pequenos serviços de acordo com seu dom. Quem solicitou foram os Vampiros de Dallas, que vêm enfrentando sérios problemas com a resistência humana da Irmandade. Além disso, um amigo muito próximo de Sookie foi assassinado e ela precisará descobrir quem foi o autor do crime.
Título original: Living Dead in DallasAutora: Charlaine HarrisEditora: ARX, SaraivaPáginas: 255Nota: 4/5(LeLivros - Disponível em PDF, ePUB e mobi)
Confesso que não conhecia os livros e também confesso que fiquei muito interessada *-* gosto muito de histórias com vampiros e essa me chamou bastante a atenção por demonstrar bem o estilo vampiresco e sedutor nos personagens. Beijocas Selma ♥
ResponderExcluirSorriso Jovem | SJ Oficial Fanpage
O único livro sobre vampiros que li foi crepúsculo e mesmo assim parei no primeiro livro.
ResponderExcluirMas, minha irmã adora essas histórias. Vou recomendar a série pra ela.
Selma, muito obrigada por seu carinho e atenção nos comentários que costuma fazer lá no meu recinto -denominado blog-!
Um grande abraço querida!
Selma, você é uma figura!
ResponderExcluirRi muito com seu comment Ahahahaha!
Obrigada pela sua maravilhosa presença em meu canto ♡
Nao conhecia os livros e nem a série, ando muito saturada sobre vampiros, sabe? Apesar de gostar de algumas abordagens.
ResponderExcluirFiquei bastante interessada, vou buscar saber mais.
Beijos
www.jadeamorim.com.br
Achei interessante
ResponderExcluirBeijos,
www.thalitamaia.com
Não conhecia os livros e fiquei muito interessada, com certeza irei procurar mais a fundo. Amo histórias com vampiros e não posso perder essa. Logo de cara amei a baby vamp. Até mais!
ResponderExcluirOi,Selma ♡ Tudo bem? Vou lhe dizer que livros de vampiros é uma atração inesperada,e se eu lhe dizer que nunca li um livro relacionado ao tema você vai ficar impressionada? Digo - lhe que estou com muita vontade de ler,pois sua resenha me motivou e obrigado por disponibilizar o link para download. Irei ler e prometo (quando eu terminar) aparecer aqui e dizer minhas conclusões sobre ele!
ResponderExcluirBeijos ♡
reckless
Uou! Minha prima é fã de vampiros e vai adorar esse livro!! Adorei a resenha
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